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quinta-feira, 21 de abril de 2016

folha de Sao Paulo faz documentario sobre os 10 anos dos ataques de maio de 2006



   Dez anos depois dos ataques do PCC, em maio de 2006, documentos oficiais 
e novos depoimentos revelam falhas de investigação e o medo de familiares e sobreviventes
Dez anos depois, a reportagem da Folha refez o caminho dos assassinatos. Analisou documentos relacionados a mais de cem mortes, visitou locais de crimes e entrevistou sobreviventes e familiares de vítimas, além de autoridades que acompanharam os ataques e todos os seus desdobramentos.
Encontrou parentes, viúvas e órfãos de civis e policiais ainda arrasados pela covardia dos ataques, com feridas nunca cicatrizadas, e indícios de uma operação oficial desencadeada para tentar apagar os rastros dos culpados pelas mortes dos civis.
Entre as centenas de assassinatos daquele período, apenas em dois casos houve condenação de PMs –um deles se entregou espontaneamente. Mas nenhum foi preso. Foram ações e omissões das polícias Civil e Militar e da Promotoria que resultaram na impunidade em quase todos os crimes.
Os sinais mais claros dessa operação podem ser encontrados em milhares de páginas de documentos relativos a investigações da Polícia Civil analisadas pela Folha. Procedimentos considerados básicos deixaram de ser adotados no curso do inquérito, como ouvir testemunhas presenciais citadas nas ocorrências e relacionar a ligação de assassinatos. Houve ainda tentativas de incriminar vítimas.
Parte desse insucesso da Polícia Civil pode ser atribuída à Polícia Militar que, em diferentes casos, não preservou devidamente as cenas dos crimes para permitir uma perícia de boa qualidade. Testemunhas relataram que, antes da chegada dos peritos, as cápsulas deixadas nas ruas eram recolhidas pelos próprios PMs, para eliminá-las. Algumas foram achadas pelos familiares, que as levaram à polícia na esperança de que ajudassem na investigação. Houve casos nos quais nem sequer as balas encontradas nos cadáveres foram retiradas e analisadas.
Um estudo mostra que o DHPP (Departamento de Homicídios) resolveu total ou parcialmente 85,7% (12 de 14 casos) dos crimes contra agentes públicos. O índice de esclarecimento de mortes de civis, muitos deles cometidos por encapuzados, foi de 12,9% (4 de 31) –leia mais sobre isso no final desta reportagem.
O governo do Estado, em nota, afirma que todos os casos foram investigados e acompanhados pela Promotoria e pela Justiça. Já o Ministério Público diz que a maioria dos casos foi arquivada devido à “complexidade dos fatos, em especial a dificuldade de apuração da autoria dos delitos e a ausência de testemunhas”.
Um episódio com uma série dessas falhas na investigação é o da morte do casal Ana Paula Gonzaga, de 19 anos, e Eddie Joey de Oliveira, 24, ocorrida no dia 15 de maio, em Santos, no litoral sul de São Paulo. Era uma segunda-feira, e os ataques do PCC entravam em seu quarto dia. Na TV, autoridades do Estado diziam que já era seguro sair de casa.
REPORTAGEM COMPLETA NOS LINKS ABAIXO :



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