Detentos não poderão receber visitantes durante 15 dias em Capela do Alto.
Devido a ação, 32 presos foram transferidos para Presidente Venceslau.
fonte : g1.com
As visitas ao pavilhão onde um agente penitenciário de 35 anos foi agredido na última quarta-feira (13), na Penitenciária de Capela do Alto, estão suspensas por 15 dias. O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo informou que a determinação pode se estender também para toda a penitenciária. Por causa da agressão, 32 presos foram transferidos de Capela do Alto (SP) para Presidente Venceslau.
O agente foi agredido quando fazia a transferência de um detento. Ele foi atingido por chutes e pontapés, foi socorrido e levado para o Hospital Regional. O agente passou por exames médicos e recebeu alta.
Seis agressores vão responder a processo administrativo disciplinar. A penitenciária deCapela do Alto pode receber 847 detentos, mas atualmente está com 1.860 presos.
Insegurança
Depois da agressão, um funcionário da unidade disse em entrevista à TV TEM que não se sente seguro em trabalhar no local. Segundo o homem, que prefere não ter a identidade divulgada, as ameaças dos presos aos funcionários são constantes.
"Não sinto segurança. A gente trabalha sob pressão com mais de 200 presos no pavilhão. Isso é um pouco difícil, mas a gente se prepara, reza um pai nosso e vai trabalhar. Porque temos que trabalhar", disse o funcionário da cadeia.
A agressão ao agente, que mora em Itapetininga (SP), aconteceu por volta das 13h desta quarta-feira. "Ele foi tirar o preso da cela para levar ao pavilhão disciplinar. No momento em que ele abriu a cela, os presos saíram de ‘corridão’ e deram murros e socos com violência nele. Pegaram a chave da mão dele e abriram todas as celas motivando uma rebelião", afirma.
Ainda de acordo com o funcionário, a ação só acabou por volta das 16h depois da ação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR). "O diretor teve que chamar o GIR para intervir e para ninguém sair machucado, já que o grupo sabe como controlar o conflito", diz.
Ainda de acordo com o funcionário, a ação só acabou por volta das 16h depois da ação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR). "O diretor teve que chamar o GIR para intervir e para ninguém sair machucado, já que o grupo sabe como controlar o conflito", diz.
Em nota, a SAP ainda informou que um boletim de ocorrência foi registrado e seis detentos que participaram da agressão responderão processo administrativo disciplinar. "A pasta também solicitará a internação deles no Regime Disciplinar Diferenciado por 360 dias".
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