Defesa quer cadeirante acusado de estrupo cumpra pena domiciliar fora do presidio de Iaras - SP
Defesa quer cadeirante fora da cadeia
Advogado Marco Aurélio falou sobre o caso. (Foto: Agência14News).
O advogado Marco Aurélio Capelli Zanin confirmou na noite desta sexta-feira (13) à reportagem do Agência14News que foi procurado pela família do cadeirante chamado Darci, de 63 anos, preso por estupro, e deve entrar com pedido de prisão domiciliar, além de recorrer a sentença.
No caso que chamou a atenção em Botucatu, o cadeirante, morador da Vila dos Comerciários, foi condenado a 16 anos de prisão, por estupro de duas crianças de 5 e 8 anos.
Com isso, o pedido deve incluir que o cadeirante responda à apelação do processo em liberdade. “O seu Darci, além de ser cadeirante, ele está preso na comarca de Iaras, que é um presídio especial para esse tipo de crime, mas ele está em condições bem deficitárias. Ele não consegue nem se alimentar sozinho e com problema até na deglutição, por isso a gente vai tentar junto ao Tribunal de Justiça para que ele consiga responder até em segunda instância esse processo em liberdade até porque ele tem esse direito previsto em lei”, disse o advogado.
Na terça-feira de manhã (17) deve ser feita a parte da apelação e no decorrer da semana o advogado vai montar um habeas corpus pedindo inicialmente uma prisão domiciliar. “Não vai ser uma absolvição do crime que ele supostamente cometeu, mas a gente está visando o lado humano da situação até porque até o trânsito em julgado da sentença ninguém pode ser considerado culpado”, afirmou o advogado.
Marco Aurélio disse que nos autos não encontrou uma prova concreta para uma condenação tão robusta. A sentença para ser apelada vai demorar oito meses, pois há muitos pedidos nos tribunais. Já o pedido de prisão domiciliar, o recurso de habeas corpus deve ser julgado em alguns dias.
O estupro foi mencionado, segundo o advogado, quando o senhor Darci deu moradia a uma vizinha que teve que sair de casa por conta de uma briga com o marido.
Perguntado se a família ainda está do lado do acusado, o advogado disse que sim. “A esposa está totalmente do lado dele. O seu Darci está totalmente certo de sua inocência”. O advogado diz que uma das meninas declarou, em parte do processo, que não tinha certeza do abuso.
POLÍCIA DIZ QUE OCORREU O ESTUPRO
Já segundo a polícia, Darci praticou dois estupros contra as crianças e elas também praticaram sexo oral nele. A mãe descobriu depois que as crianças comentaram. Quando elas foram questionadas contaram toda a história.
Caso foi esclarecido pela DDM e a prisão feita pela DIG.
O cadeirante de 63 anos, chamado Darci, que trabalhava na parte de cima Rua Amando de Barros, como autônomo com venda de balas, doces e título de capitalização, foi preso na manhã de quarta-feira (11), em sua casa.
De acordo com informações da polícia, o suspeito foi condenado a 16 anos pelo crime de estupro de vulnerável porque segundo a denúncia abusou de duas crianças no ano de 2010 – uma menina de 5 anos e um garoto de 8 anos – vizinhas de sua casa.
O cadeirante, segundo a polícia informou, dava doces para as crianças e em troca praticava sexo oral nelas, e o mesmo era realizado por elas no autônomo.
“A mãe saía para trabalhar e deixava as crianças um pouco sozinhas enquanto não chegava a pessoa que cuidava delas. Aí nisso ele sempre chamava as crianças para irem à casa dele, e quando chegava, sempre oferecia balas, doces, e ele manipulava as genitálias das crianças. E ele fez sexo oral nas crianças. Isso foi em três ou quatro vezes segundo o que as crianças relataram. Não houve uma conjunção carnal, mas a prática de atos libidinosos”, conta a delegada Simone Alves Tuono que esteve com sua equipe nas investigações quando o caso foi levado à polícia.
Na época a polícia achou estranho que o crime tivesse mesmo acontecido, ainda por se tratar de um cadeirante, mas resolveu checar, pois não seria algo impossível. “As crianças começaram a comentar e a mãe achou estranho. A mãe apertou as crianças e elas falaram o que tinha ocorrido, e em seguida ela procurou a delegacia”, disse a titular da DDM.
Durante as investigações o cadeirante negou os fatos, segundo informou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), mas no decorrer das investigações as informações foram confirmadas.
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