População carcerária paulista é a maior do Brasil, com quase 230 mil presos.

P2, Penitenciária de Presidente Venceslau, onde se encontram os criminosos mais perigosos do estado
.O número é assustador. Atualmente, o Estado de São Paulo, tem 229.546 pessoas trancafiadas em 164 unidades prisionais. A construção de presídios segue em ritmo intenso, com mais 19 em obras em várias localidades do estado. A população carcerária paulista é a maior do Brasil e vem consumindo bastante dinheiro pela sua complexidade e crescimento.
Com as frequentes ameaças do crime organizado, que chegou a comandar vários ataques na capital com ordens vindas de dentro dos presídios, o governo investiu primeiro na logística de separação dos elementos mais perigosos, concentrando-os em um único presídio em Presidente Venceslau, e, nesta unidade, instalou um poderoso equipamento de contenção das ligações por celulares, objeto utilizado pelos presos para passar as ordens aos correligionários em outras partes do estado. A estratégia até o momento vem dando certo.
Agora, a Secretaria de Administração Penitenciária se debruçou num projeto que visa aumentar a segurança dos agentes penitenciários e vem instalando nas unidades o sistema automatizado de abertura das celas.
Esta era uma preocupação antiga dos funcionários que se viam expostos em várias situações do dia, nos chamados “raios” para a soltura dos detentos. “Era impossível não ficar tão próximo de alguns deles”, comentou um agente penitenciário.
No final de abril, uma comissão de deputados estaduais visitou presídios na região de Presidente Prudente, após seus integrantes observarem que o número de agressão de presos aos agentes tem aumentado nos últimos anos. Os parlamentares concluíram que é necessário o investimento na automatização das portas, pois desde suas instalações houve queda acentuada de confrontos entre detentos e funcionários.
Dos 164 presídios espalhados pelo estado, 51 deles já estão com a automatização de portas de celas instaladas e funcionando. Este sistema permite a abertura e fechamento de portas sem que os funcionários tenham contato direto com a população carcerária e nem precisem entrar no raio. Um painel eletrônico comanda todas as ações de soltura dos detentos para a hora do sol. Um gerador garante que o sistema esteja sempre em funcionamento, mesmo na falta de energia elétrica.
Os sindicatos ligados aos funcionários desta área, aprovam o projeto de automatização e pedem pressa para o governo instalar em todas as unidades prisionais. O estado se mostra com o objetivo de modernizar todas as penitenciárias, incluindo os CDPs – Centros de Detenção Provisória, onde estão os presos que ainda não foram a julgamento.
Conforme dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, já foram gastos mais de R$ 9,5 milhões na implantação da automatização.
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