Agente penitenciário natural de Mirandópolis (SP) foi único refém de motim.
Presos fizeram rebelião no CDP em São José dos Campos (SP).
O agente penitenciário, que foi feito refém na quinta-feira (26) e só foi libertado após 10 horas de rebelião, do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Putim, em São José dos Campos (SP), está fisicamente bem. Ele tem 30 anos e há quatro trabalha no local. Assim que foi libertado, ele ligou para a família e disse que estava bem.
O pai do agente penitenciário feito refém disse ao G1 nesta sexta-feira (27), que chegou nesta manhã em São José dos Campos e ainda está conversando com o filho. "Aparentemente ele está bem, não sei emocionalmente, mas ele está bem apesar do desgaste. Ainda não sabemos como ficará a situação dele [em relação ao trabalho no CDP], cheguei há pouco e ainda vamos conversar. Vamos deixá-los quietinho, por enquanto", diz ele, que não quis identificar. Ele só soube que o filho foi feito de refém às 15h de quinta-feira.
O pai do agente mora em Mirandópolis (SP) e foi para São José dos Campos para visitar o filho. Em entrevista na quinta-feira (26), Emílio disse que o sogro do agente também trabalha na unidade e atualizava a situação de lá de dentro.
O motim teve início por volta das 8h de quinta-feira (26), quando o agente penitenciário foi rendido. Com ele refém, os presos dominaram os quatro pavilhões, colocaram fogo nos colchões e destruíram as celas. Eles pediam a presença do diretor da unidade para negociar melhorias.
Os internos acusam o Estado de oferecer comida de qualidade considerada ruim, da transferência de presos, reclamam de superlotação e do tratamento dos visitantes. A penitenciária tem capacidade para 525 detentos e atualmente abriga 1.172. A pasta negou os problemas apontados pelos presos. A juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Criminais (VEC), participou da negociação e se comprometeu a analisar posteriormente as demandas dos detentos.
Tumulto
Durante a rebelião houve tumulto próximo ao CDP - familiares dos presos foram ao local em busca de informações e chegaram a tentar impedir o acesso da viatura do Grupo de Intervenção Rápida (GIR). Um cordão de isolamento foi feito pela Polícia Militar para evitar a aproximação dos parentes e também a fuga de presos.
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