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sábado, 18 de junho de 2016

Presídios lotados e agressões feitas a agentes de segurança geram queixas em Casa Branca

Funcionários de penitenciárias da região denunciam descaso com a classe.
Dificuldade para aprovar licenças médicas também é um dos problemas.



Agressões, dificuldade para aprovar licenças médicas e falta de reajuste salarial. Essas são algumas das reclamações de agentes penitenciários que trabalham na região. A superlotação também é um grande problema. Na Penitenciária de Casa Branca (SP), por exemplo, o prédio tem capacidade para 926 presos, mas atualmente há 1.584 detentos, 658 a mais.
“O número exato de agentes de segurança hoje em uma penitenciária é de 165. Casa Branca tem um déficit aproximado de 20 funcionários. Existe uma função oficial administrativo a qual não é atrativa devido ao salário. Eles deslocam os agentes para ocupar essas vagas, quer dizer, aumenta ainda mais o déficit”, disse o diretor regional do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de SP (Sindasp), José Carlos dos Santos Ernesto.
Superlotação e agressões são algumasdas reclamações (Foto: Eder Ribeiro/EPTV)
Superlotação e agressões geram reclamações de
agentes penitenciários (Foto: Eder Ribeiro/EPTV)
Diálogo
Em nota, a Secretaria de Administração Prisional (SAP) informou que a alegação do sindicato não procede e que a penitenciaria funciona dentro das normas de segurança e disciplina estabelecidas pela SAP, que mantém diálogo constante com os sindicatos para discutir as reivindicações dos funcionários.

Em relação ao aumento da população prisional, a nota informa que o estado investe continuamente na ampliação e modernização do sistema, com a inauguração de 20 novos presídios e a construção de outros 19.
Agressões
Um agente penitenciário que não quis se identificar contou que teve o pulmão perfurado depois de apanhar de um grupo de presos durante o banho de sol, ha quatro meses, em Casa Branca, onde ele trabalha há 11 anos.
“Um chegou e me deu um soco por trás na cabeça. No que eu tentei correr alguém chutou o meu pé, eu cai no chão e os outros chegaram me agredindo, não sei exatamente quantos. Até que em certo momento eu devo ter perdido a consciência”, relatou.

Ainda em recuperação, o funcionário teve que voltar a trabalhar. Dos 3 meses de licença definidos pelo médico, o estado só concedeu 2 meses e não considerou a agressão como acidente de trabalho. “Queira ou não queira eu ainda tenho que trabalhar com dor. Uma pessoa é agredida em serviço e o estado fala que não foi nada, que não é nem acidente de trabalho, não considera como”, disse.
Superlotação
Outro agente penitenciário, que também não quis se identificar, disse que a superlotação das unidades prisionais aumenta o risco de agressões a funcionários. “Quando a unidade está superlotada, os problemas inerentes da superlotação também crescem: escassez de atendimento, de remédio, do Judiciário, lentidão na parte processual. E isso geralmente o preso não quer saber o problema de quem é e desconta tudo no funcionário”, afirmou.
Para ele, o sentimento é de revolta. “Nesse momento a gente vê como o estado trata o seu funcionário. A gente tem menos valor do que quem está lá preso, porque quem está lá acaba tendo um apoio maior do que quem trabalha para o próprio estado”, disse.http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/06/presidios-lotados-e-agressoes-feitas-agentes-de-seguranca-geram-queixas.html


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