Este blog foi criado com intuito de divulgar informaçoes sobre todas as noticias relacionadas ao sistema penitenciario ...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Sindicância por morte de agredida por preso no CDP de Caraguá é arquivada

Mulher de 33 anos foi morta pelo companheiro; ela sofreu esganadura.
Família contesta resultado da apuração; SAP nega responsabilidade
.

Mulher foi morta por esganadura (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
Débora foi morta por esganadura pelo companheiro
em visita a ele no CDP(Foto: Reprodução/Vanguarda)

A Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral (Corevali) arquivou o processo que apurava a morte de uma visitante, após ser agredida por um preso, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba. Nenhum dos servidores da unidade foi responsabilizado pelo caso, que ocorreu em janeiro deste ano.
Débora Carvalho, de 33 anos, foi morta pelo companheiro, de 38 anos, que era interno da unidade. A vítima foi atacada dentro do banheiro do presídio e os agentes penitenciários só perceberam a ação mais tarde, quando na saída dos visitantes, ela não deixou o CDP. A mulher foi socorrida, mas morreu vítima de esganadura. Na época, a família de Débora acusou falha de segurança na penitenciária.
O documento da Corevali, órgão da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SAP) concluiu que não houve indícios de dolo, culpa ou responsabilidade de qualquer um dos servidores da unidade no episódio que resultou na morte de Débora e isentou a administração penitenciária de culpa pelo ocorrido.
"Determinamos pelo arquivamento, por ter sido excluída qualquer eventual hipotese de envolvimento funcional no evento, bem como de eventual negligência e desídia funcionais no presente caso", diz trecho do documento.
Contestação

O primo e tio da vítima, Renato Alves de Souza, contesta o resultado da sindicância e diz que a família pretende processar o Estado pela morte.
"Quando ela morreu, soubemos por testemunhas, que não havia nenhum agente no raio onde ocorreu a visita. Se tivesse, com certeza, seria uma morte evitável. É óbvio que houve negligência, foi um erro gravíssimo do sistema", disse.
Débora deixou dois filhos, um menino de 14 anos e um bebê, de dois anos - filha do relacionamento com o autor da agressão.
SAP
A SAP informou em nota que o preso responsável pelo homicídio da mulher está atualmente cumprindo sanção disciplinar no  Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), estando recolhido no Centro de Readaptação Penitenciária "Dr. José Ismael Pedrosa"  em Presidente Bernardes (SP).
A pasta não informou que medidas teria adotado no dia do crime para impedir a agressão e consequente morte da visitante.
Na época do assassinato, o interno estava preso por tentativa de homicídio qualificado - o crime também havia sido cometido contra Débora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários postados pelos leitores deste blog correspondem a opinião e são responsabilidade dos respectivos comentaristas.